Boas pessoal!
No passado dia 10 de junho comemorou-se o “Dia Mundial da Saúde Mental”.
Estava eu a ver um episódio de uma série quando, por volta das três da manhã, apeteceu-me escrever uma reflexão sobre este tema. Sim, eu sei no que estão a pensar: esta não é uma atitude típica de uma pessoa com a saúde mental no sítio, pois deveria estar a dormir a estas horas em vez de refletir sobre estas coisas.
Mas o que é que se pode considerar mesmo “saúde metal”? É uma questão que coloco a mim mesmo com alguma frequência.
Acho que alguém que se enquadre totalmente numa sociedade-padrão não pode ser totalmente sã a nível mental, devido ao excessivo ostracizar de toda a gente à sua volta para que se enquadre naquilo que é considerado correto.
Sei que vivo numa bolha neste momento, e faço para que a normalização me passe ao lado. Há alguns dias estava a falar com os meus amigos mais próximos sobre a “normalidade”. Felizmente, nenhum deles me considera uma pessoa normal. E nenhum deles o é também. Contudo, estou rodeado das pessoas mais mentalmente sãs que conheço. E sinto-me são quando estou na presença deles. Se o sou realmente é algo que já não me preocupa tanto.
Como disse, vivo numa bolha, rodeado de pessoas mais viradas para o mundo do espetáculo. Por incrível que pareça, os artistas são frequentemente associados a pessoas “loucas”, pela liberdade de pensamento e singularidade.
A normalidade sempre me assustou. Talvez por isso nunca me consegui encaixar verdadeiramente num grupo quando era mais novo. É preciso ser “normal” para ser aceite em determinados grupos sociais. E precisei de encontrar pessoas igualmente “anormais” para me sentir são e normal.
Defendo que uma pessoa apenas pode ser sã se sentir-se verdadeiramente livre. Despida de qualquer tipo de aprisionamento. É preciso ser singular e sentir-se bem e confiante por ser singular para se sentir são. Para mim, é esta a verdadeira definição de saúde mental.
Tudo a correr bem por esse lado, e sejam felizes!