Mais um ano. Apenas mais um. Mas não foi um… já passaram vinte e dois.
E apenas me lembrei de que estava perto desta data porque os meus familiares fizeram questão de mostrar felicidade por já estar perto de celebrar os vinte e dois anos, eu próprio já me tinha esquecido.
Nunca imaginei que nesta idade estaria como e onde estou. Também não saberia se estaria melhor ou pior. Era algo que apenas podia imaginar, mas não calcular propriamente. Achava que chegaria a esta idade e já estaria mais estável em todos os patamares da minha vida. Não que a estabilidade seja boa. Parar é morrer e não se pode evoluir estagnando.
Toda a minha vida sempre achei que ainda tinha a vida toda pela frente. Que poderia moldá-la quando quisesse e que ainda era demasiado novo. Neste momento sinto que já vivi demasiado, que já vivi o suficiente e mais do que muitas pessoas que viveram até aos oitenta. Isto porque tenho por hábito viver todos os momentos com extrema intensidade, sempre nos picos. E este ritmo é muito exaustivo.
Tem sido uma caminhada longa, intensa, demorada com muitos altos e baixos. Talvez fosse mais simples se tivesse desejos e objetivos mais fáceis de alcançar, mas o fácil nunca me atraiu. Sempre tive um fascínio pelo difícil, pelo inalcançável e diferente. E estou cansado. Cansado de lutar sempre muito e não estar totalmente onde quero. Por ver que as minhas prioridades sempre foram as que não me poderiam satisfazer totalmente caso conseguisse atingi-las. Por ver cada vez mais o mundo de uma forma cinza, e mais real do que nunca.
Sou uma pessoa otimista no geral, tento sempre acreditar na beleza das coisas, mesmo que estas não aparentem à primeira vista. E é bom ir vendo as mesmas coisas sempre de uma forma diferente.
Há muitas coisas boas na fase que estou a viver de momento. Estar rodeado de pessoas que gosto, ter o apoio de muitas outras que pouco me conhecem, mas ainda assim gostam de mim e tornam tudo muito mais fácil e bonito.
E é a essas pessoas que fazem a minha vida melhor que sinto a necessidade de agradecer. Agradecer por sempre terem acreditado em mim e terem continuado a apoiar-me ao longo do tempo. A essas pessoas desejo mesmo o melhor do que a vida tem para oferecer. Um sincero obrigado a todas elas!
Como já falei noutras publicações, vejo a vida como vários ciclos, e é sempre necessário um terminar para começar outro. Provavelmente este foi só o fim de outro ciclo que está prestes a começar, e que seja melhor do que o anterior!
Tudo a correr bem por esse lado, e sejam felizes! 🙂
Luís Duarte Sousa